Mágoa Para Elefantes testo

Um Barril De Rap

Testo

Por que meu dente range quando encontro com o bonde da Range Rover
Eles ouvem o que eu ouço no meu headphone
Meu rosto revela um monstro, deixo rastro, não torço o braço
Moço, eu não faço o mesmo gosto, eu passo longe
Distante eu preciso encontrar a fonte
Na ponte do morro ou no monte do monge do ouro, nos olhos as 11
Num dia chuvoso onde a luz vem de onde
Não vende, não vem de ônibus, é longe lindo e estranho
Sempre seremos homens com classe e refino
Que as classes de grades e sinos, ensinos nos ensinou
Seus hinos e mimos e mínimos detalhes únicos
De cênica e cínica, de cada professor
Sem tirar, nem por, sou bom de sátira
Se atreve sem se atirar
Nem me tirar do sério ao sete mar
Desde a sétima série do cérebro esquerdo
Cruzamos o milênio juventude secular
Por tudo que tem essa luz em volta do corpo
Nem tudo que reluz é ouro, mas todo ouro reluz tá
Nem toda essa luz acende o que tem lá dentro
Mas tudo que tem lá dentro me assusta
Cicatrizando amigo, eu duplico, triplico inimigo
Esse corpo que eu tô abriga inquilino que vive comigo
Onde eu vou, me sinto seguido, é sinistro
É só isso, sou bicho do mato querendo saber onde eu to

A noite me proporcionou combustível aditivado
Acordei em outro nível, desorientado
Era meia noite, parecia um pesadelo
Não, não tem sossego, não, não tem sossego
Vi uma páginas, li umas cláusulas
Tava na hora do meu julgamento
Mentiras intactas, reprimidas pra não ser julgadas
Escondidas no pensamento
Relento, me pego pensando naqueles que se foram
Uns por opção outros porque o mundo levou
Leva mundo, maremoto, treme terra
Mas por favor energia ruim, vê se me erra
Nessa atmosfera eu continuo a respirar
Tem mentira no ar, cuidado pra não se engasgar, é um fato
Que esse som é o conteúdo com elemento X
No bool tem um rex, pra Ddt fundir o cortex
Sem problema, sem dilema e sem diploma
Numa fuga sincera da minha sombra

Vai, hoje eu levantei, peguei o bonde com o Bruno
O rolê é matutino, vai ter uma reunião com os pica fumo
No barraco do Rená em Tágua vai ter um trampo
Tenho idéias e uns amigos poetas que fazem escambo
E eu jumpo nesse trampolim, mano eu não escolhi
Sou mulambo e quando vi já tava vivendo assim
Perturbado tento não dar pinta
Eles querem saber quem pintou a zebra, eu quero a tinta
Eu sou artista, falei pra minha família
Expliquei pro meu chefe e depois briguei com a mãe da minha mina
Ele me intimam, mas não me ensinam
Tentam, mas vagabundo não intimida
Eu sou cadela e essa caceta é minha, ela tá ardida
Mas deixa que eu lambo minhas próprias feridas
Eu me consulto com as drogas da cidade
Nessas alturas, câncer de pulmão é só mais uma possibilidade
Eu sou covarde, me perdi no tempo
Mas tenho coragem de viver o momento
Cê quer um exemplo? Toma